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OS TIPOS MAIS COMUNS DE MECANISMOS DE DEFESA

Assim como o próprio termo indica, os mecanismos de defesa são maneiras de ação inconsciente, criados com o objetivo de oferecer proteção contra de eventos, atitudes, sentimentos, crenças, palavras e pensamentos desagradáveis aos quais o indivíduo possa se submeter. Trata-se de um conceito criado por Freud, para quem “os mecanismos de defesa são manifestações do ego diante de acontecimentos e fatores que geram sofrimento. ”O desenvolvimento de certos comportamentos e pensamentos ocorrem após vivências dolorosas e, quando nos damos conta, eles já se tornaram parte de nós, embora nem sempre sejam são lógicos ou previsíveis e normalmente eles provocam sentimentos negativos e comportamentos disfuncionais verificados ao longo dos tempos. Por esse motivo é tão importante reconhecê-los e desenvolver formas de evitá-los como condição necessária para que possamos ter uma vida mais fluida e feliz..

Confira a seguir os mecanismos de defesa mais comuns e como eles funcionam.

Repressão

Trata-se de um mecanismo de defesa bastante comum é a repressão. Memórias de eventos desagradáveis são reprimidos a fim de proteger o indivíduo do sofrimento atrelado a eles.

Elas não desaparecem, mas ficam guardadas no inconsciente e, assim, podem influenciar o comportamento e a maneira de pensar.

Por exemplo, uma pessoa que sofreu abusos na infância pode ter dificuldade de firmar relacionamentos saudáveis na vida adulta. Sem saber o porquê, ela sabota as suas relações, esconde os seus sentimentos ou escolhe parceiros abusivos..

Projeção

A projeção acontece quando as pessoas transferem traços de personalidade e sentimentos que não conseguem aceitar como parte de quem são para outros indivíduos. Dessa maneira, elas julgam o comportamento alheio com base em fatores não existentes no outro (mas em si mesmas) e com frequência chegam a conclusões errôneas sobre ele.

A projeção também pode acontecer com expectativas e desejos que uma pessoa não pode ou não consegue satisfazer. Assim, ela vive através de indivíduos que possuem aspirações semelhantes e são livres para correr atrás delas ou que conquistaram o que ela gostaria de ter.

Negação

É um dos mecanismos mais comuns e provavelmente o mais conhecido. Quando as pessoas não conseguem encarar a realidade e se recusam a admitir verdades óbvias, elas entram em negação.

Essa reação é comum entre quem sofre de um determinado vício. Não raro indivíduos nessa condição recusam ajuda ou a cessar o hábito negativo, como fumar ou apostar, por negarem as suas consequências negativas.

Vítimas de acontecimentos traumáticos também podem levar tempo para aceitar a situação, embora tenham memórias de ter vivido a experiência marcante.

Enquanto essa reação pode combater a ansiedade, tristeza e estresse por um tempo, ela pode facilmente se transformar em um problema. Afinal, precisamos lidar com todo o tipo de situação no decorrer da vida, mesmo quando dolorosas.

Formação reativa

Este mecanismo de defesa consiste em expressar o sentimento oposto ao que se sente, deseja ou pensa para reduzir a ansiedade. O fator causador da ansiedade costuma ser protegido pela mente inconsciente e o indivíduo tem dificuldade para identificar a sua existência. Logo, para os outros, ele pode passar a imagem de ser hipócrita.

Um exemplo é quando um indivíduo desgosta de outro por conta de sua personalidade, crenças pessoais, sexualidade, nacionalidade, entre outros.

Em vez de expressar esse sentimento, ele o trata bem para esconder o que sente de verdade. Ele também pode destratá-lo por secretamente desejar ser como ele e precisar se distanciar para não encarar esse desejo.

Racionalização

A racionalização envolve criar explicações lógicas para justificar um comportamento ou sentimento difícil de aceitar.

Quando um profissional não consegue a promoção que tanto deseja, por exemplo, ele pode dizer que não estava, de fato, interessado no cargo ou que o chefe tomou uma decisão errada e vai se arrepender.

O mesmo acontece quando as pessoas tentem justificar as suas inseguranças e medos, procurando uma razão para continuar apegadas a elas.

Normalmente, as justificativas colocam a culpa no outro, impedindo que as pessoas percebem a sua parcela de responsabilidade nas situações e cresçam como indivíduos.

Regressão

Este mecanismo de defesa foi estudado extensivamente por Anna Freud. Segundo a psicanalista, as pessoas às vezes voltam a expressar comportamentos presentes nos estágios iniciais de seu desenvolvimento, como na infância ou adolescência.

Deslocamento

Outro mecanismo de defesa bastante comum é o deslocamento. Ele leva as pessoas a deslocarem as emoções para uma representação de quem ou daquilo que o causou.

Quando alguém tem um dia ruim no trabalho e desconta a raiva em seus familiares, que nada tem a ver com a situação, ele está deslocando o sentimento negativo para um alvo “mais seguro”, pois sua vida profissional não sofrerá repercussões.

Sublimação

A sublimação é a maneira de lidar com situações estressantes ou traumáticas descarregando sentimentos negativos, como a frustração e a raiva, de maneira positiva. Também pode ser definida como a transformação de desejos inapropriados em conceitos mais fáceis de administrar. Por exemplo, uma pessoa extremamente irritada ou estressada com uma situação pode expressar essas emoções ao praticar boxe, desabafar ou meditar.

Dessa maneira, ela não sucumbe a vontade de gritar ou brigar com alguém. Freud acreditava que esse mecanismo de defesa é um sinal de maturidade emocional, além de permitir que as pessoas convivam em sociedade de maneira apropriada.

Intelectualização

Semelhante à racionalização, a intelectualização é caracterizada pela visão racional e calculista de eventos ruins. Esse meio de proteção previne o apego aos aspectos emocionais de uma situação negativa, como a tristeza e medo. A atenção é transferida somente para os aspectos lógicos.

Um exemplo é quando uma pessoa recebe o diagnóstico de uma doença e, em vez de procurar saber sobre os sintomas, ela foca em outros fatores. Dessa maneira, consegue evitar o estresse provocado pelo conhecimento aprofundado da patologia.

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